O quebra-cabeça das plataformas de e-commerce no Brasil

Operar um e-commerce no Brasil ainda é como tentar montar um quebra-cabeça com peças de fornecedores diferentes — ERP de um lado, marketplace de outro, gateway de outro, logística em outra ponta.

E no meio de tudo isso, a plataforma de e-commerce, que deveria ser o eixo central, muitas vezes se torna mais um gargalo do que um conector.

De catálogos online ao centro da operação digital

As plataformas de e-commerce no Brasil surgiram no final dos anos 1990, acompanhando os primeiros movimentos do varejo online no país. Naquele momento, serviam basicamente como catálogos digitais, oferecendo uma vitrine estática, uma função rudimentar de carrinho de compras e, com sorte, alguma integração manual com meios de pagamento.

Durante os anos 2000, com a popularização da internet banda larga e o amadurecimento do consumidor digital, o comércio eletrônico brasileiro começou a se consolidar. Segundo o relatório Webshoppers 50 (Ebit | Nielsen, 2024), o e-commerce nacional movimentava cerca de R$ 2 bilhões ao ano em 2003, e saltou para mais de R$ 185 bilhões em 2023. Para acompanhar essa expansão, surgiram plataformas mais robustas, como VTEX e JET, projetadas para atender médias e grandes operações, com foco em escalabilidade e integrações mais complexas.

Nos anos 2010, a diversificação tomou conta do mercado. Plataformas mais acessíveis como Nuvemshop ganharam espaço entre pequenos empreendedores; Shopify passou a ser adotada por marcas D2C com foco em performance visual; enquanto soluções nacionais como Uappi e Wake se propuseram a centralizar a operação digital de forma mais integrada. A lógica mudou: a plataforma deixou de ser apenas um “site de vendas” e passou a ser o eixo central da operação, conectando estoques, meios de pagamento, hubs logísticos, sistemas fiscais e canais de mídia.

Hoje, vivemos um novo momento: o da plataforma como orquestradora da experiência omnichannel, capaz de integrar loja própria, marketplaces, canais sociais, CRM, logística e dados em tempo real. E esse cenário está prestes a se transformar novamente, agora com a chegada da inteligência artificial.

De acordo com a McKinsey & Company (2023), mais de 70% das empresas globais já utilizam IA em ao menos uma frente do e-commerce, e mais de 40% pretendem ampliar o uso para áreas como precificação dinâmica, personalização de jornada e automação logística.

A IA está mudando profundamente o papel das plataformas

Não se trata mais só de executar regras pré-configuradas, mas de interpretar dados em tempo real, automatizar decisões complexas e adaptar o comportamento da operação com base em padrões de consumo, sazonalidade e desempenho.

Plataformas que antes dependiam de integrações manuais estão evoluindo para ecossistemas inteligentes, capazes de recomendar ajustes operacionais, gerar insights e até antecipar gargalos antes que eles se tornem um problema.

É nesse ponto de transição, entre a estrutura tradicional e a inteligência adaptativa, que este comparativo foi construído.

Comparativo das principais plataformas

As 7 plataformas analisadas foram: VTEX, Wake, JET, Shopify, Uappi, Nuvemshop e GoDeep.

O foco: operações de médio porte com loja própria e presença em marketplaces.

Os 7 critérios comparados foram:

  1. Checkout da plataforma
  2. Emissão de NF-e nativa
  3. Checkout otimizado
  4. Integração com marketplaces
  5. Gateway de pagamento próprio
  6. Centralização de dados
  7. Escalabilidade operacional

plataformas de e-commerce

 

Análise resumida das plataformas

  • VTEX
    A plataforma mais robusta para operações maduras. Entrega visão de hub, integração nativa com canais, ERPs, OMS, logística e grande flexibilidade técnica.
    Requer investimento técnico inicial, mas oferece retorno estruturado.
  • Wake
    Plataforma nacional focada em centralização de operação, com emissão de NF-e e checkout personalizável.
    Boa para times enxutos, mas ainda com limitações em conectores e estabilidade.
  • JET
    Boa estrutura para médias e grandes operações.
    Emissão fiscal nativa, mas depende de integradores externos para logística e marketplaces.
  • Shopify
    Excelente performance em front-end e integração com canais de mídia.
    Mas no Brasil, sofre com ausência de NF-e e limitações no checkout, o que exige vários apps externos para se tornar viável.
  • Uappi
    Plataforma nacional otimizada para D2C, com checkout rápido, gateway e NF-e.
    Boa para conversão. Precisa evoluir em conectores e centralização de dados.
  • Nuvemshop
    Ideal para quem está começando.
    Simples, acessível, mas com limitações de escalabilidade por depender de muitos apps externos.
  • GoDeep
    Plataforma sólida para B2B.
    Boa estabilidade, fiscal integrado, mas depende de parceiros para logística e marketplaces.

⚠️ Disclaimer
Este comparativo foi construído com base em experiências reais de lojas operadas pela SELIA, na leitura e análise de informações públicas disponíveis nos sites das plataformas, e reforçado com o apoio do meu agente de IA. O conteúdo foi gerado a partir da análise de mais de 12.000 tokens, integrando dados reais, relatos de operadores e benchmarks de mercado com foco em operações de e-commerce de médio porte no Brasil.

Recomendação para quem vai escolher uma plataforma agora

1. Mapeie sua operação antes de olhar a tecnologia
Antes de comparar funcionalidades ou preços, entenda os fluxos internos do seu negócio: volume de pedidos, canais de venda, complexidade fiscal, estrutura logística e grau de autonomia do time. Uma plataforma precisa se moldar à sua operação, e não o contrário.

2. Considere não só o presente, mas onde você quer chegar
Sua operação vai crescer? Vai expandir para B2B, D2C, novos canais ou países? Escolher uma plataforma pensando apenas no cenário atual é um erro comum. O barato de hoje pode sair caro quando você precisar escalar.

3. Teste a escalabilidade, não apenas o visual ou preço
Layout bonito e mensalidade acessível não sustentam crescimento. Testar escalabilidade significa simular múltiplos SKUs, regras fiscais complexas, promoções e picos de tráfego. Uma boa plataforma precisa aguentar isso sem travar.

4. Fale com quem já operou com aquela plataforma, e não só com o time comercial
Busque feedback real de gestores de e-commerce que já operaram com a plataforma. Pergunte sobre limitações, suporte, desafios de implementação. Isso vale mais do que qualquer pitch de venda.

5. Se possível, conte com quem tem visão técnica e de negócio na mesma conversa
Muitas decisões de plataforma falham por serem tomadas só por marketing ou só por TI. O ideal é ter alguém que entenda tanto da arquitetura quanto dos impactos no resultado. A escolha certa nasce do equilíbrio entre esses dois mundos.

A escolha da plataforma é só o começo. A SELIA Fullcommerce pode te ajudar a acertar no todo.

Não existe a plataforma perfeita. Existe aquela que encaixa no seu modelo de negócio.

Escolher errado pode significar:

  • Trocar de plataforma em menos de 12 meses.
  • Perder produtividade do time.
  • Comprometer a escalabilidade e a visão de longo prazo.

Na SELIA Fullcommerce, acreditamos que tecnologia não é um fim, mas um meio para escalar com inteligência.

Mais do que apontar “a melhor plataforma”, ajudamos nossos clientes a identificar a melhor solução para o seu modelo de negócio, considerando operação, maturidade digital, canais de venda e plano de crescimento.

Se você está avaliando ou repensando sua estrutura de e-commerce, conte com um parceiro que entende do setor e das entrelinhas.

Fale com nossos especialistas e descubra como transformar sua stack digital em uma vantagem competitiva real.
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Artigo por Ângelo Vicente, CEO da SELIA Fullcommerce.
linkedin.com/in/angelo-vicente/

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