Imagine entrar em uma loja física, pegar os produtos que deseja e simplesmente sair, sem enfrentar filas, sem passar por um caixa e sem abrir a carteira. Parece um cenário futurista, mas essa realidade já existe e tem nome: Amazon Go.
Desde a inauguração da primeira unidade aberta ao público em Seattle, em 2018, a Amazon vem usando o conceito da Amazon Go como um laboratório vivo de inovação no varejo físico.
Mais do que uma simples loja, a Amazon Go representa um novo modelo de jornada de compra: fluida, rápida e quase invisível aos olhos do consumidor.
O que é a Amazon Go?
A Amazon Go é uma rede de lojas autônomas, operada pela Amazon, que utiliza um sistema chamado Just Walk Out Technology. Em tradução livre: “Tecnologia de Apenas Sair Caminhando”.
O processo é simples para quem compra, mas sofisticado em sua execução:
O cliente baixa o app da Amazon Go e gera um QR Code de acesso.
Ao entrar na loja, o sistema começa a monitorar cada movimento.
Sensores de prateleira e câmeras com visão computacional identificam os produtos que o cliente pega ou devolve.
Ao sair da loja, o valor total da compra é debitado automaticamente da conta Amazon, e o consumidor recebe um recibo digital em minutos.
Essa combinação de tecnologias cria uma experiência de compra sem fricção, onde a tecnologia desaparece da frente do cliente e opera exclusivamente nos bastidores.
O impacto no comportamento de compra
Segundo um relatório da CB Insights, o conceito de lojas autônomas faz parte de uma tendência global de transformação da experiência de compra, que busca reduzir etapas desnecessárias e eliminar pontos de atrito.
Uma pesquisa da Capgemini Research Institute mostrou que 60% dos consumidores globais afirmam que evitam fazer compras em lojas físicas por causa de filas.
Outro dado relevante vem da Statista, que projeta que o mercado global de “Smart Retail” (varejo inteligente) deverá movimentar mais de US$ 90 bilhões até 2030, impulsionado por soluções como checkout invisível, analytics em tempo real e personalização baseada em dados.
O que está por trás da Amazon Go?
A mágica da Amazon Go é resultado de uma combinação de tecnologias avançadas:
- Visão Computacional:
Acompanha os movimentos dos clientes e produtos em tempo real - Machine Learning:
Aprende com os comportamentos para melhorar a precisão - Sensores de prateleira:
Detectam a retirada e devolução de produtos - Big Data e Cloud Computing:
Processam as informações em escala massiva para emissão de cobranças automáticas
Segundo análises da Bloomberg, o investimento inicial por unidade foi de aproximadamente US$ 1 milhão, considerando o custo das câmeras, sensores, infraestrutura de dados e desenvolvimento de software.
A expansão e os desafios do modelo
Até o final de 2023, a Amazon operava cerca de 30 unidades de Amazon Go nos Estados Unidos, principalmente em Nova York, Seattle, San Francisco e Chicago. Além disso, a empresa começou a licenciar a tecnologia Just Walk Out para terceiros, como lojas de aeroporto e estádios esportivos, ampliando o alcance da inovação.
No entanto, o modelo enfrenta limitações:
Alto custo de implementação
Preocupações com privacidade e uso de dados
Desafios logísticos em formatos de loja maiores
Mesmo assim, a Amazon Go segue como uma das maiores vitrines de tecnologia aplicada ao varejo físico.
E no Brasil? Estamos prontos para esse modelo?
Embora ainda distantes de uma adoção em escala como a da Amazon, algumas iniciativas brasileiras já exploram conceitos semelhantes.
Exemplos incluem:
Zaitt (São Paulo e Espírito Santo): Primeira loja 100% autônoma da América Latina.
AmPm Go: Versões de lojas de conveniência sem caixa, dentro de redes de postos de combustível.
Amo Varejo (São Paulo): Loja piloto focada em inovação de jornada de compra.
Além disso, soluções como checkout por aproximação, click and collect e locker deliveries mostram que o varejo brasileiro está, aos poucos, incorporando elementos de automação e redução de atrito.

O que o modelo da Amazon Go ensina para o e-commerce brasileiro?
Mesmo para quem opera exclusivamente no digital, o conceito por trás da Amazon Go traz lições valiosas:
Redução de atrito na jornada: Seja no físico ou no online, menos barreiras significam mais conversão.
Captura de dados em tempo real: Cada clique, cada passo e cada decisão de compra são oportunidades de gerar insights.
Integração de canais: O consumidor moderno transita entre físico e digital com naturalidade. Cabe às marcas oferecer uma experiência fluida em todos os pontos de contato.
Automação inteligente: Processos invisíveis ao consumidor, mas essenciais para a eficiência operacional.
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Artigo por Ângelo Vicente, CEO da SELIA Fullcommerce.
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