Fraude digital não é mais um problema pontual, é uma ameaça estratégica que exige ação constante. No comércio eletrônico, esse risco se sofisticou nos últimos anos com a popularização de meios de pagamento instantâneos, wallets digitais e aumento no volume de transações mobile. A cada minuto, golpes drenam a receita de muitos e-commerces, e o desafio é combater esse risco sem travar a conversão.
Entender as modalidades mais comuns é o primeiro passo para proteger a operação.
- CNP (Card-Not-Present): compras com cartão sem presença física, usando dados roubados.
- Account Takeover (ATO): invasão de contas para alterar endereço ou efetuar compras.
- Friendly fraud/chargeback: contestação de uma compra legítima como “não reconhecida”.
- Bot attacks & testing: testes automáticos com cartões e credenciais vazadas.
- Golpes via Pix e carteiras digitais: aproveitando instantaneidade e baixa validação.
O tamanho do campo de batalha no Brasil
O cenário brasileiro confirma a gravidade do problema. Com o crescimento do e-commerce, a fraude acompanha o ritmo, explorando pontos fracos na jornada digital. Dados recentes mostram que as tentativas são massivas e cada vez mais direcionadas a categorias de alto valor.
Em 2024, 2,8 milhões de tentativas foram bloqueadas no Brasil, protegendo R$ 3 bilhões em valor, segundo o Mapa da Fraude 2025 (ClearSale). As categorias mais visadas:
- Celulares (4,0%)
- Acessórios eletrônicos (3,4%)
- Eletrodomésticos/Informática (3,2%).
Já a Serasa Experian apontou 1,119 milhão de tentativas em fevereiro de 2025, uma a cada 2,2 segundos, alta de 37,4% vs. 2024.
Brasil x mundo: uma ameaça global
A fraude não é um fenômeno isolado no Brasil. No mundo todo, lojistas enfrentam um desafio crescente: manter aprovação de pedidos sem abrir portas para perdas.
De acordo com o estudo LexisNexis True Cost of Fraud 2025, cada US$ 1 perdido em fraude custa US$ 4,60 quando somamos logística, SAC e multas. A Juniper Research projeta perdas globais de US$ 44,3 bilhões (2024) para US$ 107 bilhões (2029).
Ou seja: não é apenas sobre risco financeiro, mas sobre competitividade. Empresas que não gerem fraude com inteligência terão margem corroída e crescimento limitado.
Onde estão as brechas e como fechá-las
Antes de investir em tecnologia antifraude, é essencial entender onde estão os principais pontos de vulnerabilidade na jornada do cliente. As brechas mais comuns se concentram em quatro áreas críticas:
- Cadastro & login (ATO)
Mitigue com MFA adaptativa, biometria comportamental, reputação de IP/dispositivo e limites de tentativas. - Pré-autorização (CNP testing & bots)
Use device fingerprint, score de risco em milissegundos, limites por CPF/cartão e desafios 3DS2 inteligentes. - Pós-autorização (friendly fraud)
Mantenha provas digitais robustas: AVS, CVV, geolocalização, foto na entrega e logs de consentimento. - Pix & carteiras digitais
Valide KYC/KYB, monitore contas suspeitas e reconcilie automaticamente transações com QR code.
Checklist para quem atua no e-commerce
Quer reduzir risco sem perder venda? Comece agora com estas práticas:
- Mapear risco por categoria/SKU.
- Monitorar login e cadastro como pontos críticos.
- Implementar bot management desde a primeira interação.
- Testar fluxos antifraude antes de datas de alto volume.
- Fechar o ciclo: disputar chargebacks e retroalimentar modelos.
- Criar um comitê de risco x conversão para decisões rápidas.
Fraude digital é uma guerra que não pode ser ignorada.
Quem lidera esse combate, com tecnologia e governança, protege resultado e ganha vantagem competitiva.
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Artigo por Ângelo Vicente, CEO da SELIA Intelligent Commerce
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