Marketplace ganha protagonismo no e-commerce brasileiro
O comércio eletrônico brasileiro vive um momento histórico. Em 2024, o setor faturou mais de R$ 200 bilhões, e para 2025 a projeção é de R$ 234 bilhões, segundo a ABComm. Somente no primeiro semestre deste ano, o e-commerce movimentou R$ 100,5 bilhões, com ticket médio na faixa dos R$ 539.
Grande parte desse crescimento é impulsionada pelos marketplaces, plataformas que conectam milhares de vendedores a milhões de consumidores em todo o país.
Líderes como Mercado Livre, Amazon e Shopee transformaram a forma como as empresas lançam produtos e expandem sua presença digital, permitindo que negócios de todos os portes alcancem clientes em regiões onde não possuíam atuação direta.
Mercado Livre Negócios: a nova frente B2B
O Mercado Livre anunciou oficialmente (set-25) o Mercado Livre Negócios, unidade dedicada ao comércio B2B na América Latina (Brasil, Argentina, México e Chile).
A plataforma já nasce com mais de 4 milhões de usuários empresariais e mira um segmento com potencial enorme: globalmente, o B2B é quatro vezes maior que o B2C em volume de transações. A proposta inclui preços competitivos, compras recorrentes, menor taxa de devoluções e uma logística adaptada às necessidades corporativas.
No Brasil, o mercado de e-commerce B2B deve atingir US$ 224,2 bilhões até 2030, crescendo a 15,9% ao ano, segundo estudo disponível na Grand View Research. A expectativa é que o país lidere a receita regional no segmento até 2030.

Marketplace é canal, não estratégia única
No B2B, marketplaces podem acelerar o acesso a novos clientes, ampliar a visibilidade e permitir que empresas escalem operações rapidamente. Mas depender exclusivamente deles é um risco estratégico.
Com margens mais sensíveis, volumes maiores e ciclos de negociação mais longos, qualquer mudança nas políticas das plataformas, seja em comissões, frete ou algoritmos de visibilidade, pode impactar não apenas as vendas, mas também a previsibilidade e o relacionamento com clientes corporativos.
Por isso, empresas que adotam estratégias multicanal, usando marketplaces para escala e canais próprios para controle e fidelização, reduzem riscos e ganham mais autonomia sobre suas operações. Com canais próprios, as empresas capturam dados estratégicos para alimentar seus CRMs, personalizar ofertas, melhorar a experiência do cliente e sustentar o crescimento no longo prazo.
O próximo capítulo dos negócios digitais
A criação do Mercado Livre Negócios mostra a velocidade com que o comércio digital evolui. Mas também deixa evidente que o futuro não pertence apenas a quem expande canais, e sim a quem consegue integrá-los com inteligência.
As empresas que vão liderar a próxima fase serão aquelas capazes de combinar o melhor dos dois mundos: a escala dos marketplaces, o controle dos canais proprietários e a autoridade construída por marketing e conteúdo.
Somente quem transformar essa diversidade em uma operação coesa, previsível e orientada a dados conquistará não apenas crescimento, mas também liderança e resiliência no longo prazo.
Como a Selia potencializa resultados em marketplaces
Na Selia Intelligent Commerce, tratamos marketplaces como parte integrada da estratégia digital.
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Artigo por Ângelo Vicente, CEO da SELIA Intelligent Commerce
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